24 agosto, 2009

Arte Romana


Na verdade, os poderosos romanos inicialmente traziam as obras de arte encontradas na Grécia conquistada, assim como de outros povos, inundando o império com essa arte que não era sua, propriamente.




Com enorme influência da Arte Grega no seu início, a Arte Romana formou sua própria identidade rapidamente. Com a representação fiel das pessoas, Ao invés da beleza ideal retratada pelos gregos em suas esculturas, os romanos retratavam as pessoas como de fato elas eram, sem aquele idealismo de uma beleza hipotética. As estátuas romanas representam figuras verdadeiras da casta social. salvo do que relaciona a expressão do espaço arquitetônico foram às mesmas, em linhas gerais, do helenismo¹ e do etruscos².


Roma foi uma sociedade eminentemente visual. Com a maior parte de sua população analfabeta e incapaz de até falar o latim erudito que circulava entre a elite, as artes visuais funcionaram como uma espécie de literatura acessível às grandes massas, confirmando ideologias e divulgando a imagem de personalidades eminentes. Nesse contexto, a escultura desfrutou de uma posição privilegiada, ocupando todos os espaços públicos e privados e povoando as cidades com inumeráveis exemplos em várias técnicas.


Mesmo tendo notáveis influências de movimentos artísticos passados, os romanos incorporaram inovações em dois campos principais, que seriam o retrato e o relevo descritivo.

O retrato em si, como processo artístico, passou por varias etapas, já que não só refletiu com bastante aproximação as modas, como também se manifestou de maneira sucessiva em grandes momentos e lugares e tendências ultra-realistas, ilustrando o mais real possível, ajudando posteriormente na execução das esculturas.

A temática histórica desses relevos narrativos se constituiu com a contribuição mais original de Roma para esta forma artística, sempre exaltando feitos militares, quase como uma história em quadrinhos.


Outra forma de expressão muito importante foi o mosaico, que mais tarde, foi muito usada na idade média.


Helenismo¹: Caracterizou-se pela difusão da civilização grega numa vasta área que se estendia do mar Mediterrâneo oriental à Ásia Central. De modo geral, o helenismo foi a concretização de um ideal de Alexandre: o de levar e difundir a cultura grega aos territórios que conquistava. O helenismo marcou um período de transição para o domínio e apogeu de Roma.


Etruscos²: A Etrúria era composta por cerca de uma dúzia de cidades, muito civilizadas e que tiveram grande influência sobre os Romanos.

5 comentários:

  1. Essa postagem sobre Arte Romana a princípio me deixou chocado, pois de cara já fiquei sabendo que os poderosos romanos inicialmente traziam as obras de arte encontradas na Grécia conquistada, assim como de outros povos, enchendo seu enorme império de uma arte que não era sua.
    Mas, com o tempo, começou a formar sua própria identidade, representando, em suas esculturas, as pessoas como de fato elas eram, e não como idealizando somente a beleza exterior.
    Os romanos também incorporaram inovações em dois campos principais das artes, que seriam o retrato e o relevo descritivo.
    O retrato em si ilustrava o mais real possível, ajudando posteriormente na execução das esculturas. E quase como uma história em quadrinhos, a temática histórica dos relevos narrativos quase sempre exaltava feitos militares.
    Também em Roma que começou a usar-se o mosaico, muito útil na idade média.

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  2. Com relação à Arte Romana, pode-se dizer que a representação fiel das pessoas nas esculturas é bastante fascinante. Afinal, não existia uma beleza padrão, sendo assim, os indivíduos eram esculpidos conforme sua feição original.
    O comentário fornece informações claras e objetivas que facilitam a leitura e o entendimento. Um aspecto do mesmo muito interessante volta-se as formas de expressão, principalmente aos mosaicos, que posteriormente ao período em questão, também foi muito usado na Idade Média.
    É importante ressaltar que os romanos optavam por usar os mosaicos quando tinham de elaborar imagens e letras.
    No entanto, o mosaico foi apenas um dos elementos da arte romana, entre tantos outros, como a pintura, escultura, teatro, dança, arquitetura, música, enfim, todas as formas permissíveis de arte para a época.
    Contudo, não é a toa que Roma foi uma sociedade eminentemente visual, afinal, a sua arte chamava muito a atenção, mas precisamente, nas suas fabulosas construções que possuíam características herdadas do legado cultural etrusco. Para ser mais claro, o uso das abóbadas e arcos, que deixavam tais monumentos com uma aparência ainda mais grandiosa e bela.
    Enfim, a arte romana é evidentemente de uma beleza ímpar.

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  3. Roma foi o último grande império do mundo antigo. Desenvolveu-se e dominou terras que entes pertenciam a gregos, egípcios, mesopotâmios e muitos outro povos. Junto com suas grandes conquistas aprimorava seu conhecimento desde a política até as artes.
    A mais conhecida obra literária romana é a Eneida, escrita pelo poeta Virgílio, cuja a intenção era a de glorificar Roma. Além desta curiosidade é interessante a forma como as romanos desenvolveram sua cultura. Devido o domínio sobre outros povos, eles absorvem e desenvolvem o conhecimento, como na arquitetura, por exemplo, eles herdam dos etruscos o arco e a abóbada, que é aperfeiçoada, além de aproveitar dos gregos as colunas. Mesmo tendo forte influência de outro povos, os romanos desenvolveram uma cultura original e isso se comprova quando se fala em direito romano. Ele era dividido em duas esferas, a pública e a privada e destas estendiam-se as leis que orientavam as relações dos individuas. Mesmo não sendo do campo artístico, esta foi uma das grandes contribuições dos romanos para a sociedades ocidentais. Seus fundamentos, adaptados e reelaborados, foram adotados por diversos povos, servindo de base até hoje.
    Apesar de não ser uma cultura original, em termos de descobertas, como no caso dos egípcios, a sociedade romana deixa um legado importantíssimo para muitos povos.

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  4. Os romanos não eram muito originais no que diz respeito à arte, tendo importado a maior parte das técnicas e referências estilísticas da Grécia, como se pode ver pelos exemplares remanescentes de escultura e pintura. Não é possível afirmar com certeza se isso se repetiu na música, embora seja bastante provável. Mas ao contrário dos gregos, sabe-se que não havia uma forte associação de ética e música entre os romanos.
    A respeito desta dependência, há registros sobre a largamente difundida presença de música em todas as ocasiões da vida romana, desde em manobras militares e nos grandes festivais, onde havia performances em larga escala que incluíam centenas de instrumentistas e usando instrumentos de enormes dimensões, como kitharas construídas do tamanho de carruagens, até o uso discreto e doméstico de instrumentos solo. Concursos musicais eram comuns e a educação em música era considerada um sinal de distinção social.
    Supõe-se que eles tenham empregado em sua produção sonora o sistema grego dos modos, e que a prática teria sido principalmente monódica. A música vocal teria imitado o padrão grego, embora adaptado ao ritmo peculiar da prosódia latina. Igualmente não é claro o grau de participação de outros elementos exógenos na cultura musical romana, e pode-se imaginar que tenha havido alguma troca de influências com os etruscos, asiáticos, africanos e povos bárbaros do norte da Europa, integrantes de regiões que com o tempo foram sendo anexadas ao Império em expansão. Uma das causas para as grandes lacunas existentes em nosso conhecimento sobre a música romana é o desagrado com que os primeiros cristãos encaravam o teatro, os festivais e os ritos pagãos, suprimidos assim que o cristianismo se tornou a religião oficial, junto com sua música.
    É possível que os romanos tenham imitado também o sistema notacional dos gregos para transcrever suas composições, usando quatro letras para indicar quatro notas em sucessão que perfaziam um tetracorde. Sinais auxiliares acima das letras indicariam a duração e o ritmo. Não se sabe em que extensões anotavam a sua música. A arte do período deixou diversas representações de músicos, mas nenhum deles lê qualquer partitura, e só foi descoberto até agora reduzidíssimo número de fragmentos escritos, em sua maior parte procedentes do Egito helenístico, com uma variante da notação grega tradicional, e podem mesmo ser de origem grega e não romana. É possível que os neumas* medievais tenham evoluído da obscura notação romana anterior. Boécio escreveu sobre música, mas seu trabalho é antes uma descrição da música grega do que um retrato da música romana de sua época.
    *Neumas são os elementos básicos do sistema de notação musical antes da invenção de pautas de cinco linhas.
    Instrumental
    Graças ao testemunho das artes visuais e a alguns exemplares encontrados, nosso conhecimento sobre os instrumentos romanos antigos é bem mais rico do que sobre suas composições. Eram empregados muitos tipos de instrumentos de todos os principais gêneros: sopro, cordas e percussão.
    Sopro: Bucina, cornu, Tuba, Tíbia, Ascaule, phusale e utriculium e Flautas e flautas de Pã.
    Cordas: Lira, Kithara e Alaúde .
    Percussão: Era uma das seções mais ricas do instrumentarium romano, com vários tipos de sinos, chocalhos, sistros, címbalos, tímpanos e tambores, usados em todas

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  5. (continuação do comentário) ...as ocasiões. Há indícios de que a música romana era fortemente rítmica, e a percussão deve ter desempenhado um papel importante na marcação do tempo.
    Órgãos: Representado em mosaicos e em fragmentos preservados em museus, o órgão romano parece ser um intermediário entre a gaita de foles e os órgãos como os conhecemos hoje. Não se conseguiu esclarecer seu mecanismo de ação. Um tipo especialmente interessante é o hydraulis, um órgão que trabalhava com a pressão da água. Também foi herdado dos gregos, e existe um bem preservado modelo em argila encontrado em Cartago em 1885.

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