10 novembro, 2009

Prometeu





Prometeu filho do titã Lápeto e Clímene e irmão de Atlas, Epimeteu e Menoécio, uma raça de deuses destronadas por Zeus. Prometeu chegou a terra, mas, viu que ela estava abandonada pelos deuses, então, para criá-los, prometeu arranca o barro do chão e mistura com suas próprias lágrimas e começa a moldá-las, até que elas obtenham as feições de um deus, ele gostou do que fez que esculpiu uma multidão de estátuas, mas faltavam a vida. Ele, então, insufla nas estátuas caracteres de animais: coragem, fidelidade, força, esperteza e avidez. As criaturas começam a se movimentar, mas falta-lhes um espírito, para torná-las capazes de ousar. Atena (Minerva), a filha de Zeus (Júpiter), a deusa da sabedoria, decide ajudar Prometeu. Ela pega uma taça cheia de néctar divino e entrega a todos aqueles seres já dotados de vida, de repente, sobre a cabeça de cada um surge uma luz, nova e bela. Agora, são homens têm alma, mas ainda não sabem o que fazer com ela. Pacientemente, Prometeu começa seu trabalho de mestre, à beira mar, explica a diferença entre o nascer e o pôs-do-sol. No meio da floresta ensina seus discípulos a domesticar os animais, depois os instrui na cura de muitas doenças, e como encontrar raízes e seivas e transformá-las em remédios, ensina-lhes a interpretar sonhos e também a compreender seus destinos aceitando o sofrimento e conquistar as vitórias. Por fim, abre a terra e os homens descobrem que a terra é rica e o mestre lhes ensina o jeito seguro de extrair essas riquezas. Agora, o homem pode reinar, conhecem a natureza conhecem a si mesmos, têm os cinco sentidos, uma vontade e uma força poderosa.

Prometeu queria uma raça forte que se igualasse aos deuses, então roubou o fogo e os homens não precisariam mais dos deuses. Temendo uma revolta e o poder que o homem agora tinham, os deuses se juntaram e resolveram enviar Pandora, uma mulher muito bonita, para seduzir o homem e com ela enviaram uma caixa que continha as desgraças para o mundo. O homem perde seu paraíso e com isso também aprende a humildade. Os deuses não contentes ainda precisavam punir Prometeu. Júpiter manda acorrentar Prometeu no monte Cáucaso, depois envia uma águia esfomeada para devorar-lhe o fígado, agora imortal. Durante o dia, a águia o estilhaça-lhe o fígado fazendo contorcer-se em terríveis dores, à noite o órgão se regenerava para a agonia da manhã seguinte. Foram trinta anos, mas Prometeu nunca pediu perdão nem renegou seus atos. Enquanto a enorme águia lhe triturava ele atormentava Júpiter afirmando conhecer um segredo seu. Passados os trinta anos, não suportando a curiosidade, Júpiter ordena à Hercules que liberte Prometeu. Então, ele revela a Júpiter o mistério, o deus andava apaixonado por Tétis, uma nereida que estava prometida a Peleu, mas Júpiter nunca permitia essa união. Prometeu revela Júpiter que se ele a esposar, ele terá um filho com ela e o filho mais tarde o destronaria. Para salvar seu poder ele entrega sua amada a Peleu. Prometeu volta ao Olimpo, mas depois de tudo que fizera torna-se mortal, e a única maneira de tornar-se imortal seria encontrar um imortal que consentisse em trocar de destino com ele. O centauro Quirão consentiu ferido por uma flecha, decide por fim ao seu sofrimento, e o titã criador participa outra vez dos banquetes e assembléias do Olimpo. Agora a paz no mundo. O mito de Prometeu contém três etapas. A primeira corresponde à criação do ser consciente que inclui o roubo do fogo, como elemento básico para elaboração das culturas e civilizações que a consciência humana agora podia empreender. A segunda etapa refere-se à sedução do homem pela mulher: Pandora é envida pelos deuses para fazer os homens perderem o “paraíso terrestre”. Ela destrói a solidariedade que havia entre eles e bloqueia o caminho vitorioso do trabalho. A terceira fase do mito narra a punição de Prometeu, ao ensinar o fogo aos homens, ele definitivamente liberta-os da dependência divina. Sem o fogo não seria possível transformar o mundo ambiente, e nem adaptá-lo às necessidades físicas de cada povo, em cada região. Ao redor do fogo, reuniam-se os homens primitivos, fazendo desse elemento um importante fator de sociabilidade.




Prometeu, do artista mexicano José Clemente Orozco

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