Caronte, figura mitológica do mundo inferior grego, encarregado de transportar na sua barca os recém-mortos através do rio Estiges para chegarem ao inferno. O nome desse rio veio de um dos filhos do Sol e da Terra, que por ter fornecido água aos titãs, inimigos de Zeus (Júpiter), foi por ele transformado em rio infernal. Os mortos devem pagar pedágio, aquele que não tiver dinheiro fica chorando na margem do rio. Era costume dos gregos colocar uma moeda, chamada óbolo, sob a língua do cadáver, para pagar Caronte pela viagem. Caronte recebeu essa tarefa após ter tentado roubar a caixa de Pandora. Retratado muitas vezes com uma máscara de bronze ocultando sua face feia que faria os mortos repensar antes de entrar na barca. Só transporta aquele que teve o corpo devidamente sepultado . Segundo o mitólogo Thomas Bulfinch, ele “recebia em seu barco pessoas de todas as espécies, heróis magnânimos, jovens e virgens, tão numerosos quanto as folhas do outono ou os bandos de ave que voam para o sul quando se aproxima o inverno. Todos se aglomeravam querendo passar, ansiosos por chegarem à margem oposta, mas o severo barqueiro somente levava aqueles que escolhia, empurrando o restante para trás”.
A descrição para ele é a barba branca, longa e espessa usando vestes de cor sombria, manchadas do negro limo dos rios infernais. De pé sobre a barca e segurando o remo, é a representação mais comum feita pelos pintores. Um mortal só pode entrar co um ramo de ouro de uma árvore fatídica consagrada a Proserpina. Sibila (profetisa) deu um desses ramos para o lendário herói Enéias, quando este quis descer aos infernos para rever seu pai. Acredita-se que Caronte tenha dado passagem a Hércules, sem esse possuir o tal ramo. Como resultado, foi punido e exilado durante um ano nas profundezas do Tártaro.
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