10 novembro, 2009

Eros

Pobreza e Recurso geram o Amor. No dia da festa do nascimento de Afrodite (Vênus), a bela deusa do amor, as taças de ouro rolavam, e os deuses embriagados riam.
Assim terminando a festa, surgiu à porta uma figura que lembrava Pobreza, surge Pênia, que vem à festa para mendigar os restos do banquete. De longe, Pênia começou a observar Poros (o Retorno), filho de Prudência. Embriagado, Poros vai em direção ao Jardim de Zeus(Júpiter)caindo ao sono.
Pênia como vivia à cata de recursos, foi até o jardim e assim deitou-se com Poros,concebendo o filho desejado Eros, o amor.
Gerado no dia do nascimento de Afrodite, o filho de Pênia nasceu um filho companheiro e servo da beleza, não sendo um filho sábio, mas esforçado, porque amava a sabedoria.
Eros não apareceu entre os deuses que povoam as epopéias de Homero, somente em meados do século VIII, através da obra de outro poeta grego, Hesíodo, que a compreensão do divino adquire organização e coerência.
Adotando o principio de que tudo tem origem ,Hesíodo mostra que primeiro surgiu o Caos(espaço aberto,matéria informe), e em seguida , a Terra e Eros, o Amor “criador de toda a vida”.
Somente mais tarde, na época Alexandria, é que Eros passou a assumir o aspecto de menino travesso. Para ressaltar sua imprevisibilidade, sua irracionalidade e sua inconstância, Eros tornou-se Cupido, uma criança freqüentemente alada, que fere os corações com suas flechas. Mas já agora Eros que perde sua dimensão cósmica passou a se transformar no buliçoso promotor de aventuras galantes entre os mortais.Essa evolução de caráter de Eros evidência-se também na arte.
Suas figuras mais primitivas consistiam em pedras toscas,sem qualquer elaboração.Depois ,o deus passou a ser retratado sob a forma de um adolescente ,não raro dotado de asas,que expressam a sua rapidez.

Eros e Psiquê
O que chame mais a atenção na mitologia de Eros talvez seja a estória de sua paixão por Psiquê, uma mortal, tão linda, que teria despertado a ira de Afrodite, que vinha perdendo a devoção que os mortais lhe tinham para a bela mortal. Afrodite enviou, então, seu filho Eros para fazer com que Psiquê se apaixonasse pelo homem mais feio que existisse. Mas Eros acabou se apaixonando por Psiquê, e os dois acabaram se casando, sem que, porém, Psiquê pudesse sequer ver o rosto do marido, pois ela pensava que esse casamento era um castigo dos deuses. Depois de resistir por algum tempo, Psiquê acabou por quebrar as regras imposta-lhas e viu o rosto de Eros que, enfurecido, abandonou-a. Mas seu amor por Eros era tão intenso que a bela Psiquê procurou Afrodite para pedir-lhe que intercedesse por ela, ajudando-lhe a encontrar Eros. Afrodite impôs-lhe, então, um período de punição que deveria ser cumprido para que Psiquê pudesse voltar a ver seu amado Eros. Depois de receber a ajuda de vários seres, Psiquê conseguiu cumprir todas as tarefas, e Zeus ratificou o seu casamento com Eros tornando-a assim imortal e unindo-a para sempre com o seu amor.



Amor, de Parmagianino (retratista italiano do século XVI )

Distanciando-se do primeiro sentido de Eros como divindade organizadora do Caos e criadora da vida, os artistas do Renascimento preferiram tomar conta como tema de suas obras a figura graciosa de Cupido , o incosciente deus do amor em que Eros acabou por se transformar.

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