Vários dos elementos que simbolizam a Idade Média - como as Cruzadas e a peste negra - estão retratados sob uma perspectiva existencialista em O Sétimo Selo, obra-prima de Ingmar Bergman.
Ao retornar das Cruzadas, um cavaleiro é procurado pela Morte, a quem consegue desafiar para uma partida de xadrez. Enquanto estende sua permanência no mundo dos vivos, o cruzado vê seu país assolado pela peste negra e começa a questionar sua fé. Essa magnífica premissa é desenvolvida pelo cineasta Ingmar Bergman em O Sétimo Selo.
Diversos elementos do sistema simbólico medieval aparecem retratados neste filme a partir da perspectiva existencialista do diretor. Bergman aborda questões delicadas, como a manipulação da fé pela Igreja e a exploração da ideia da peste como castigo divino.
A expiação dos pecados pela dor, que, inclusive, motivou a existência de um movimento popular em 1348, conhecido como flagelantes - é representado em uma das cenas célebres do filme.
O tema do encontro com a morte também é fiel ao espírito da época. Era um tema frequente que aparece, inclusive, em obras de pintores como Hieronymus Bosch e Pieter Bruegel.
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